segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Chemical Chords


Quando falamos de um álbum podemos enveredar por vários caminhos. Podemos ser biográficos ou wikipidescos e dizer, num tom óbvio, que se trata do novo trabalho dos Stereolab, a banda que traz à cabeça (ou à voz) Laetitia Sadier. Chemical Chords é o seu nome. Do novo álbum, bem entendido. Podemos ser julgativos, e criticar os Stereolab por não se renovarem ou recriarem. Dizer que a sua música soa sempre bastante semelhante - o que por um lado é bom, para os seus fãs, e por outro custa a perceber como é possível, dada a variedade das suas influências. Ou ousar que Chemical Chords dificilmente agradará a mais do que à fatia alvo que, a priori, estava destinado. Podemos ser ligeiramente especializados e tentar enquadrar a música em determinados padrões que outros pré-conceberam e nós tentámos, nem sempre com grande sucesso, perceber. E aí sim, largamos de rajada vários espécimes musicais, do krautrock à bossa-nova, sem esquecer a notória influência sessentista.
Isto é o que lemos por toda a blogosfera. E está certo, porventura. Mas o que sabemos sobre Chemical Chords depois de ler tudo isto? Provavelmente, nada. Os Stereolab terão feito tudo o que, repetida e autoplagiadamente, se escreve sobre eles. Mas continuam a produzir músicas de belos efeitos Pop, simples e agradáveis, quase a roçar a criação de um ambiente mood, na onda do que um bom Chillout faria. Serão chatos ou repetitivos mas fazem-no como poucos. Como exemplo, porque a vida e a Internet estão cheias deles, ficam "Three Women", "Neon Beanbang" ou "Cellulose Sunshine". Nada de novo, a leste, mas um pouco de Pop com Electrónica harmoniosa nunca fez mal a ninguém.
Título: Chemical Chords
Autor: Stereolab
Nota: 6/10

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