
Por entre as eternas comparações com Jeff Bucley, a que Patrick Watson se tenta esquivar mas repetidamente sem sucesso, o som da banda por trás de Close To Paradise é uma mistura heterogénea de influências e estilos. Da Folk à Pop, sempre com os pés assentes no panorama mais Indie, por vezes julgamos ouvir Tom Waits, por vezes Jeff Buckley, por vezes Coldplay. O resultado é um álbum intimista, pontuado pela voz envolvente e terna de Patrick Watson – o homem que dá nome à banda. Há arrancadas com mais êxtase e há momentos de reflexão. Há classicismo num piano que soa correcto e há retoques sintéticos que embelezam uma paisagem que, em muitas ocasiões, se quer escura e misteriosa.
É um álbum rico este Close To Paradise de Patrick Watson. Músicas como “Close To Paradise”, “Drifters” ou “The Great Escape” são alguns dos momentos mais marcantes de um trabalho que prima pela coerência no que toca à qualidade. Pegue em Close To Paradise e oiça-o do princípio ao fim. Descobrirá um conjunto de canções, com individualidade própria, mas que conseguem, no seu todo, criar um ambiente centrípeta e estranhamente acolhedor, banda sonora de um filme por descobrir. Aproveite também porque, em entrevista, Watson já avisou que o seu próximo trabalho será menos ambiental e mais rápido. E ambientes destes estão difíceis de encontrar.
Título: Close To Paradise
Autor: Patrick Watson
Nota: 7/10
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